quinta-feira, 11 de julho de 2013

LIBERTADORES - SEMI-FINAL - JOGO DE VOLTA - GALO 2 X 0 - NEWELL'S OLD BOYS - 10/07/13

Sangue, suor e emoção, um jogo para ficar na história, eu que só tinha 15 anos quando o Galo foi campeão brasileiro em 1971, não sabia que este jogo provocaria tanta comoção.
Torcedores com problemas cardíacos tiveram que ser socorridos no estádio, muitos não contiveram as lágrimas, outros só sabiam exaltar o Galo com gritos e cantando o hino, emfim vários garotos de 15 anos, certamente terão uma grande e agradável lembrança deste dia quando estiverem com 57 anos, assim como eu tenho hoje.
Em 1977 passei por uma quase experiência de título nacional, mas vi o Galo se tornar vice-campeão invicto, após uma disputa de pênaltis em pleno Mineirão, contra o São Paulo.
Hoje são outros tempos, diferente daquela época em que a arbitragem podia dar o serviço no adversário, sem se preocupar com qualquer crítica ou punição e ainda tinham o apoio irrestrito da mídia esportiva.
Vendo o jogo, desde o início eu sentia que o Galo sairia vitorioso, não tem como um grupo de jogadores de qualidade, que lute e brigue pelo seu objetivo, como eles fizeram, ficarem sem o seu prêmio, e este prêmio veio da forma mais sofrida naquela disputa de pênaltis.
Este jogo me ajudará a apagar da memória aquele jogo contra o São Paulo, agora as imagens que povoam minha mente são de pura vibração e alegria, além é claro, de muita fé de que seremos campeões desta Libertadores.
Muitos ainda terão que receber auxílios médicos para suportarem a pressão e tensão que virão nestes dois últimos jogos, mas tudo que for feito, sentido ou imaginado, valerá a pena com a conquista do título.
Ontem foram 18 heróis, para me referir apenas aos jogadores, mas dois ficarão mais tempo na memória em um lugar privilegiado, Guilherme e Vitor.
Guilherme, que foi muito criticado, inclusive por mim, deu ontem uma mostra de que é capaz de fazer parte deste grupo e que tem direito a lutar por uma vaga de titular, e o Vitor, com aquela defesa do último pênalti, somado com o outro defendido contra o Tijuana, cravou de vez seu nome no coração da torcida alvinegra.
Foi um jogo emocionante, regado a técnica, garra, compromisso e muitos outros ingredientes que fazem parte da formação de um grupo campeão, o adversário não conseguiu fazer nada para impedir o avanço do Galo, e só no segundo tempo é que conseguiram alguma coisa, mas não esperavam que o Galo contasse com outras peças, ainda desconhecidas deles, para entrarem e mudarem a história.
Confesso, que quando vi o Cuca tirar o Bernard e o Tardelli, imaginei que estaria perdido, mas agora tenho que me render ao "Mestre Cuca" e agradecê-lo pelas substituições feitas.
Àqueles que sempre se apressam em rotular o Cuca de "perdedor", que ponham suas barbas de molho, que fiquem calados, pois ele ainda está de pé e na briga pela vitória, e não estará sozinho, pelo menos 16 milhões de mineiros estarão com ele até o fim.
Parabéns para todo mundo, torcida, funcionários, comissão técnica, diretoria e todos que fazem parte desta família atleticana.
A primeira guerra foi vencida, agora que venham as outras duas batalhas e a vitória de mais uma guerra.

Dá-lhe Galo!

Aluizio.

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